IMPRESSÕES RÁPIDAS – Volkswagen Jetta Comfortline 2.0 Tiptronic

Recém lançado no mercado brasileiro, o Volkswagen Jetta veio para completar a extensa gama dos sedãs médios por aqui, uma categoria bastante recheada de modelos no Brasil e substituir de uma vez só o Bora e o Jetta antigo. E, portanto, fomos “avaliar” o modelo na concessionária da nossa cidade (Orlândia, JC Barroso).

Desenvolvido na Alemanha, a nova geração do Jetta vem em duas versões, a Comfortline e a Highline. Avaliamos a mais “básica”, a Comfortline 2.0 com câmbio Automático Tiptronic de seis marchas. De série, a variante conta com quatro airbags, encosto de cabeça para todos os ocupantes, cintos de segurança traseiros de três pontos para todos os passageiros, freios nas quatro rodas com ABS com ASR e EDL, EBD, ar-condicionado "Climatic", direção hidráulica, display multifuncional, trio elétrico, luz de neblina traseira, rodas de liga-leve de 16 polegadas, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, volante multifuncional em couro com decoração em alumínio. O modelo contava ainda com bancos revestido em couro, borboletas atrás do volante, que permite trocar as marchas sem tirar a mão da direção, teto solar, entre outros mimos. 

Porém, a Volkswagen cobra caro por isso – o preço do exemplar avaliado custava em torno de R$ 77.800, com todos os itens opcionais citados acima, sem falar da mísera garantia de 1 ano oferecida pela Volkswagen, a mais baixa em relação aos seus concorrentes. Há na categoria outros modelos com estes mesmos itens, ou similares, com um preço mais em conta, exemplo do Renault Fluence.

Mas o Volkswagen Jetta 2011 tem ainda suas vantagens. O espaço interno do sedã é ótimo, ainda mais para quem viaja atrás – a relação do espaço para as pernas, ombros e cabeça são excepcionais – o porta-malas é um dos maiores da categoria, são 510 litros de capacidade, dando a possibilidade de carregar às malas de toda a família. Uma boa sacada é o apoia-braços traseiro, localizado no encosto central do banco, onde pode acessar o porta-malas. O Jetta mede 4,64 metros de comprimento e 2,65 de entre-eixos. Seu acabamento fica dentro da média nacional dos sedãs deste porte – o material utilizado no painel e emborrachado, e sendo assim, o toque é agradável – nas portas, o plástico não é tão rígido, porém, não tão macio quanto no painel. Além disso, a suspensão traseira é semi-independente.

O design do automóvel não é tão extravagante, nem tão clássico, fica na média. Você deve ter percebido que as linhas, principalmente na dianteira, são bem parecidas com a do Novo Fox, nos faróis, por exemplo. Na traseira, lembra-se um pouco dos modelos da Audi.

E chegamos a uma das partes mais decepcionantes do Jetta 2011 Comfortline 2.0. O MOTOR. Sim, você já deve ter lido, ou algum amigo de disse que o propulsor que Volkswagen escolheu para o Jetta é o do antigo Santana, que até então era utilizado pelo Bora. Com potência máxima de 116 cv com gasolina a 5.000 rpm e 120 cv com etanol a 5.000 rpm. O torque máximo é de 17,7 kgfm com gasolina a 4 mil rpm e 18,4 kgfm com etanol a 4 mil rpm. A montadora americana declara que o Jetta atinge os seus 100 km/h na velocidade mínima em 12 s com gasolina, e 11 s com etanol. E velocidade máxima de 191 km/h (G) / 198 km/h (E). Números abaixo da média dos concorrentes. O consumo médio no ciclo rodoviário é de 7,7 km/l.

 

No entanto há a opção de um motor bem atrativo, que não deixa a desejar em nenhum requisito em desempenho – é o propulsor 2.0 TSi com nada mais nada menos do que 200 cavalos de potência. O Jetta pode ser adquirido nesta motorização na versão Highline, com preço de R$ 89.990. O motor potente do Jetta acelera de 0-100 km/h em 7,3 segundos (abastecido somente a gasolina). 

PONTOS POSITIVOS

Espaço interno

Design

Porta-malas

Acabamento

Motor na versão Highline

Câmbio Tiptronic

PONTOS NEGATIVOS

Motor 2.0 da versão Comfortline

Relação Custo x Benefício

Preço

Consumo

Em minha opnião, o Jetta tem pontos fortes que ajudará a vender bem no mercado, porém, o preço sugerido pela VW e o motor 2.0 poderá afetar o sucesso do modelo. Torço para que o modelo seja pelo menos um dos 5 mais vendidos do país na categoria de sedãs médios. E que seu sucesso não seja com o do Bora.